“Nem o corpo, nem o sangue entrarão no reino dos céus” (I Cor. 15,50)

Existe uma dúvida muito grande a respeito do trecho de uma oração, onde se diz lá no finalzinho: “Creio na ressurreição da carne”. Muitos acreditam que esta parte estaria relatando uma possível ressurreição do corpo humano para outra vida terrena, e não é nada disso. Tentamos explicar isso no programa Fé em Debate, depois que o ouvinte Adão de Mandirituba,PR levantou a questão.

Todo o capítulo 15 da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios fala da ressurreição dos mortos.  Paulo é veemente em mostrar que, antes de tudo, Cristo ressuscitou. O apóstolo tem uma preocupação muito grande em esclarecer isso, a ponto de dizer que se tudo tivesse terminado na cruz, vã seria nossa fé.

Podemos dizer que a morte de Cristo na cruz se tornou a chave da eternidade. O filho de Deus abriu as portas da ressurreição para toda a humanidade. Mas essa ressurreição se dará no reino dos céus.

São Paulo fez uma distinção entre o corpo que temos e o corpo que teremos quando ressuscitarmos. Ele colocava o nosso corpo atual na dimensão de um homem velho. E as coisas do alto, ou seja, o homem jovem como aquilo que nós vamos ser na eternidade.

Quando Jesus ressuscitou, a sua própria mãe não o reconheceu. Os discípulos também não o reconheceram. Mas era Jesus. O filho de Deus não foi reconhecido porque seu corpo estava glorificado. Nós ainda não temos consciência para entendermos esse corpo, pois, como seres humanos, ainda temos muita limitação.

É preciso esclarecer algo: Jesus ressuscitou. Lázaro foi apenas reanimado. Não é mesma coisa. No quarto dia Jesus o deu vida novamente, mas Lázaro voltou a morrer.