Quando caminhamos na estrada rumo à santidade, muito comumente somos interrompidos por alguns obstáculos chatos, que nos atrapalham no seguimento da missão. Muitas vezes por um medo nosso, em outras por conta de pecados e até mesmo por dúvidas que permeiam o nosso pensamento. E a grande dúvida que fica é: por quê? Por que eu não consigo alcançar essa constância? Por que eu tenho que cair para poder perceber onde devo crescer? Será que sempre vai ser assim? Eu lamento dizer, mas muito provavelmente vai sim. Mas calma, isso é normal! Eu sempre aprendi que as pessoas são diferenciadas umas das outras fisicamente pelas imperfeições de cada rosto. No aspecto espiritual, isso não muda. São as nossas imperfeições que nos diferem dos outros irmãos. Como São Paulo mesmo dizia: “Cada um de nós tem seu próprio espinho na carne, que nos acompanhará por toda a nossa vida”. Esse espinho na carne é o que nós chamamos de ‘nosso pecado de estimação’, aquele que nos perturba em boa parte da caminhada. Ou seja, iremos permanecer caindo e, com isso, interrompendo mais um pouco o nosso trajeto. Mas é aí onde está a grande diferença. Vamos analisar uma corrida de rali, mas precisamente a mais perigosa de todas, o ‘Rally Dakar’. Para que o piloto possa chegar em primeiro lugar, é preciso que ele tenha uma meta a fim de alcançar o seu objetivo. O caminho vai ser doloroso, pois ele vai encontrar inúmeras dificuldades, como a presença de animais no meio da pista, curvas sinuosas, forte calor, pneu furado, acidentes, enfim… Tudo isso prejudica e atrasa o piloto no cumprimento do seu objetivo. Mas ele já sabia que ia encontrar isso e percebe que só vai conseguir chegar se essas tribulações não afetarem a sua luta dentro dessa meta. E o vencedor é aquele que melhor sabe lidar com as adversidades, pois ele não considera os obstáculos como inimigos, mas como um impulso maior para que o seu fim seja alcançado.

Da mesma forma acontece conosco, em nossa incessante corrida rumo à santidade. Ser santo não significa nunca cair, mas conseguir lidar com inteligência, paciência e determinação com os tropeços. Para alguns, a rocha no meio da estrada é um obstáculo, uma armadilha; para outros, ela é um suporte para ajudar a enxergar melhor o caminho que está à frente. Lute, vença, transforme. Faça da sua rocha o impulso necessário para vislumbrar o horizonte que está à sua frente.

Certa vez, eu li um texto que dizia que “tudo na vida tem um preço, uma espécie de pedágio. E vale para tudo e para todos! Vejamos o caso da borboleta: antes de se tornar um ser alado, ela era uma lagarta pesada, lenta e, até mesmo, assustadora. O preço pago para se tornar uma criatura leve, admirável, inspiradora e flutuante, foi se refugiar durante um período de tempo em um casulo construído por ela própria. Para grandes transformações e necessárias metamorfoses, também nós, os humanos, precisamos nos isolar nos casulos das nossas consciências e assim renascermos para uma nova experiência de vida”.

Por isso, é necessário o autoconhecimento. Muitas vezes, deixamos de perceber a grandiosidade do nosso serviço. Sempre temos a desagradável mania de achar que o outro é mais capaz, tem mais dons e está mais preparado para as missões. Ou pior: temos o costume de dizer “não” por nos sentirmos incapazes de corresponder ao chamado. E, com isso, inevitavelmente, vamos construindo um muro de proteção interior, que nos protege daquilo que nos deixa inseguros, mas que também barra o nosso crescimento. É hora de sair desse casulo e deixar desabrochar os dons que Deus nos confia.

Para que uma obra cresça e não desmorone, é necessário que existam operários fiéis que saibam trabalhar em equipe, ajudando-se mutuamente. Para que o grupo dê frutos, todas as peças da obra precisam estar perfeitamente encaixadas. O que seria de uma missão sem o Ministério de Música, que é responsável direto pela abertura dos corações das pessoas, através do louvor, das letras e da suavidade da melodia? Ah, e como não lembrar do Ministério de Intercessão, que é a base de todos os outros, por nos ajudar a criar intimidade com Cristo!? Sabendo que o zelo pela casa do Senhor nos consome, nada melhor do que crescer em formações e serviços no Ministério de Liturgia, que tanto enriquece a nossa Igreja, através da valorosa organização das celebrações litúrgicas, inspirando todos os servos a adorar Jesus em espírito e em verdade. E o que dizer do Ministério de Acolhimento? A porta de entrada do grupo, o primeiro contato que o novato tem com os irmãos, que o motiva a perseverar na alegria e no amor comunitário. Para fomentar isso, nada melhor do que participar dos grupinhos do Ministério de Partilha, que ajudam a integrar os membros do grupo e edificar as caminhadas uns dos outros através de partilhas e testemunhos. Somos um grupo missionário e, como tal, precisamos anunciar a Palavra de Deus até os confins da terra, principalmente aos menos favorecidos. Por isso, temos o Ministério Social, com o firme propósito de concretizar o reino de Deus aqui na terra. E necessitamos estar preparados para as missões que Ele nos confia, pois a pregação toca fundo nos corações que andavam afastados. Cientes de que o conhecimento da história da nossa Igreja não deve ser guardado a sete chaves, mas proclamado para a construção da civilização do amor, os servos do Ministério de Formação estão sempre vigilantes e sedentos em aprender mais sobre os fascinantes mistérios da Igreja Católica. Para tanto, é necessário um suporte financeiro a fim de qualificar ainda mais os serviços do grupo. E o Ministério de Finanças tem essa grande responsabilidade, de controlar a movimentação financeira do grupo, que está crescendo a cada dia pelo esforço de expandir a evangelização através das redes sociais com o site, a fan page, um grupo no facebook, um programa de rádio e uma capela de adoração virtual ininterrupta, graças ao trabalho magnífico do Ministério de Comunicação, que viabiliza o conhecimento também do próprio grupo a explorar o que eles têm dentro de casa. Haja talento e disposição! Talento e disposição, inclusive, são indispensáveis para o Ministério de Artes, que transmite alegria ao levar o evangelho através de representações artísticas e culturais, tais como a dança e o teatro, atraindo mais fiéis em uma linguagem mais lúdica.

A verdade é que todos necessitamos ser formados na fé. Louvor, oração, formação e partilha são os ingredientes necessários para saciarmos nossa sede de Deus. Por isso, é um privilégio termos a oportunidade de nos reunir semanalmente no Encotro Dominical, em unidade com irmãos de tempos distintos de caminhada. Porém, muitas vezes, o amor do Senhor nos impulsiona a um maior contato com Sua Palavra, experimentando um aprofundamento na nossa espiritualidade cristã. E o projeto Emaús visa propocionar esse alimento sólido a todos aqueles que tiverem o desejo de crescer no conhecimento das coisas do alto. Tudo isso supervisionado por uma coordenação geral, que tem a sublime missão de pastorear todo esse povo.

Ou seja, valorize o seu serviço. Acima de tudo, ame! Ele não é maior nem menor do que qualquer outro, pois todos precisam uns dos outros para se desenvolver. Como dito no começo, nunca ache que seu esforço é em vão ou que os outros têm mais dons do que você. Foi assim que Deus te chamou e é assim que você faz a diferença. Como disse Madre Teresa de Calcutá, “somos meras gotas no oceano, mas ele seria menor sem essas gotas”.

Tua vida é um dom. Você é chamado a se doar sem reservas em resgate da vida e da caminhada do próximo. Isso é ser sal e luz. Isso é ser amor. Isso é ser Ágape.

“Que a minha vida seja um dom! Que a minha alma agrade ao meu Senhor, o Deus da minha história!” (Deus da minha história – Kyrios Dei).

E a sua história está sendo escrita. De que forma ela será ilustrada? Agora é com você e Deus!

Que Ele derrame um novo Pentecostes em sua vida sob as graças maternais da Virgem Maria!

Um santo ano a todos!