Caros amigos, é bem verdade que nossa caminhada passa por grandes momentos de prova.
Não sabemos se sentimos aquilo que desejávamos, ou se estamos fazendo a escolha certa
em “perder” nosso tempo nessa história de grupo de oração.
É certo também que muito daquilo que nós vivemos no nosso cotidiano não nos impulsiona
para uma busca mais consciente da fé. Na verdade, somos colocados em outra rota, uma
rota de fuga, diria. Uma fuga inconsciente, onde nos afastamos de Deus mesmo pensando
que estamos perto d’Ele. Daí é que surgem os nossos pensamentos mais errados. Algo do
tipo: “Deus não me escuta”, ou “minha vida parece a mesma”, ou ainda “tem gente que parece
mais próxima de Deus”. Nada disso é verdade. É preciso que percebamos o quanto é simples
se aproximar do Senhor, mas para isso temos também que perceber o quanto temos que
nos converter. E essa conversão se torna um pouco difícil quando é vista da maneira mais
completa, que seja a de “cortar pela raiz” alguns costumes que nos acompanham desde muito
tempo. Converter-se é, antes de mais nada, uma renovada no nosso guarda-roupa espiritual.
Temos que nos revestir de novos trajes, trajes que nos tornem mais preparados para a nossa
missão (Ef 6,11).
Temos que terminar nosso ano com as vistas na história que se passou entre Jesus e seus
apóstolos. Estes tentavam com todas as orações que conheciam e com toda a esperança
que guardavam no coração, expulsar um demônio de um garoto, mas não conseguiam obter
êxito em tal tarefa. Depois que Jesus, pessoalmente, conseguiu expulsar o demônio do corpo
da criança, os apóstolos lhe perguntaram, o que é que Jesus tinha, e eles não! O Senhor, no
auge de sua Misericórdia, responde com uma simplicidade característica o motivo do fracasso
deles: “Por causa da fraqueza de vossa fé” (Mt 17,20). Então, o que queremos para o ano
vindouro? Ouvir novamente que nossas obras são falhas devido à nossa pouca fé? Não! O
que queremos é nos esforçar para ofertar aos outros o melhor que podemos dar. Sejamos
convictos no que pregamos, mesmo na dificuldade e na nossa limitação de humanos. Vamos
dar uma certeza a Deus: de que somos capazes de cuidar do rebanho que Ele confiou a cada
um de nós, leigos de boa vontade.
Paz e Bem a todos nós!
A nossa proteção está no nome do Senhor!
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