| Ao me crismar, no ano de 2006, senti a necessidade de buscar algo mais. Há muito tempo os meus catequistas me chamavam para visitar os seus respectivos grupos de oração os quais eram o ‘Água Viva’ e o ‘Obra Nova’. Todavia, uma amiga, que era de outra turma da Crisma, convidou-me a ir a outro grupo, pois ela falava muito bem de seus catequistas, que faziam parte do Pentecostes, e eu não senti essa mesma empolgação com os meus catequistas. Frequentei duas ou três vezes o grupo. No entanto, fraquejei, pus na minha cabeça que em terceiro ano, ano de vestibular, tinha que parar tudo que estivesse fazendo. Tal que vejo como uma queda.
No ano de 2007, minha amiga Hayanne, convidava-me diuturnamente para voltar ao grupo, entretanto, eu estava numa fase cheia de dúvidas e incertezas frente às opiniões da Igreja. Depois de um ano de insistência, retornei à Igreja em 2008 e participei do Retiro Geral e do EJC, gostei e emocionei-me, entretanto nunca me mantive em constância, apesar de ter tido essas experiências com o amor de Deus. Achava-me muito fraca e cheia de dúvidas. Até que, no ano de 2009, em que participei do Retiro Geral, Deus me falou e mostrou o que era realmente essencial. Nesse Retiro foi que aceitei Maria como minha mãe. Passei a ir à Missa todo domingo e, em certa adoração, entreguei minha vida e caminhada nas mãos d’Ele. Pela dor, pelo cansaço e pela saudade eu me entreguei.
A partir desse dia, passei a ir ao grupo semanalmente. Senti uma imensa necessidade de servir. Comecei pelo Ministério de Liturgia, que na época ainda existia com esse nome. Depois que o ministério se desfez, senti-me um pouco deslocada. Frequentei algumas vezes o Acolhimento, ao qual nunca fui fiel. Talvez eu não me achasse em nenhum serviço. Na Gincana do grupo, em 2010, como não sou apta a dançar, nem encenar, nem cantar (risos) fui ‘obrigada’ a coordenar a minha equipe. Deus, através do evangelho de Mateus, mostrou-me a importância de segui-Lo fielmente e, a partir daí, quis engajar-me mais. Procurei servir no Retiro e eu só tenho a agradecer por Ele ter me proporcionado tal serviço, pois este me fez permanecer firme.
Fui convidada no meio do ano passado, a coordenar a equipe de animação e me veio à cabeça, durante minhas orações, o porquê, já que eu não era apta a nenhuma atividade das equipes e há pouco tempo tive essa resposta. Deus nos coloca missões muito difíceis de serem encaradas, mas o melhor mesmo a fazer é vivê-las intensamente, se for discernida que essa mesmo é a vontade d’Ele. No serviço, vimos, em cada parte, a imensa necessidade de agradar a Deus. Promovendo a evangelização de pessoas somos saciados e nos aproximamos cada vez mais do nosso Criador.
Todavia a caminhada é muito complicada. Ser cristão é difícil, pois carregar a cruz é para poucos, mas lembremos que o fardo é leve. Deixar ser levado pelo Espírito Santo e fazer, sem pestanejar, a vontade de Deus, sem dúvidas, me traz uma grande felicidade. Buscar a Deus nas coisas mais simples é uma das armas que utilizo para lutar contra as tentações e vencer as provações. Conhecer a história de Deus, através da leitura minuciosa e orante da Bíblia, do estudo de formações, do conhecimento de livros e autores eclesiásticos é uma das coisas que estou tentando buscar para me aprofundar e conseguir permanecer fiel na caminhada com Deus.
Sinto hoje, e a cada dia mais, a necessidade de ser pescadora de homens e mostrar ao mundo a felicidade de ser cristão, ser cristão de verdade, sofrendo e abdicando de muitas coisas de modo a amadurecer na fé e servir àquele que nunca nos abandonará. Com isso, espero ainda trazer muitos cristãos ao Catolicismo, erguê-los em meio à euforia individualista e errante pregada atualmente pelo mundo, no qual impera a reificação das pessoas e a desvalorização das relações pessoais.
Ser cristão é se destacar no mundo de hoje com humildade e honradez, ao fazer o bem, ao amar o próximo, ao ser fiel em sua família, ao agradar e temer a um só Senhor, o qual deu a vida por nós, Jesus Cristo. |
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