Criados para o Céu!- Ana Katielly

Quando adentramos uma igreja e nos colocamos a participar da Santa Missa algo de místico invade nosso coração, aos nossos olhos humanos tudo continual igual,mas quando abrimos o nosso coração e nossos olhos espirituais percebemos que não estamos sozinhos naquele local, os anjos e santos estão a celebrar conosco a alegria do Mistério Pascal.

Ali na Santa Missa o céu se faz presente na terra, acontece a união da nossa humanidade com a divindade de Deus através do Sacramento da Eucaristia e o sentimento de não pertencer a esta realidade terrena inunda nosso ser e nos faz perceber que fomos criados para a eternidade,que fomos criados para o céu.

Mas e quando saímos do Templo e vamos viver nossas rotinas porque aquela realidade de céu não nos acompanha? Por que vamos ficando cada vez mais distantes da misticidade que a Santa Missa nos revela?

A resposta pra essas perguntas podem ser bem simples ou bem complexas, vai depender do quanto estamos próximos do coração de Deus, se estamos distantes elas serão bem complexas, nossa razão e muitas vezes nosso endurecimento de coração não nos permitirá ouvir a voz de Deus, mas se como filhos amados que somos estivermos bem próximos do nosso Deus, a resposta é bem simples,a realidade de céu nos acompanha sempre, mas como os discipulos de Emaús ao nos afastar da nossa Jerusalém que é nossa Igreja, o nosso coração se endurece e não percebemos a presença de Jesus ao nosso lado, Ele que como diz o nosso Papa Bento XVI é a própria Boa Nova que foi enviada aos nossos corações.

O Senhor que nos acompanha em nossa realidade diária grita aos nosso ouvidos o tempo inteiro que esta realidade que vivemos agora é algo passageiro, que somos estrangeiros nessa terra,por isso nossos olhares não podem parar nas coisas que passam, nosso ouvidos não podem atentar-se a vozes que não pertencem a nosso Deus e o nosso corpo que é templo vivo do Espirito Santo não pode se contentar com relações passageiras que ao seu término levam a dignidade de Filhos de Deus que nos foi dada no Batismo e que de forma concreta foi vivida na Cruz.

A nossa alma clama por uma realidade de eternidade da qual ela foi criada, não se contenta com coisas passageiras, estas só vão lhe ferindo, manchando e marcando o selo do Espirito Santo que a vivifica, mas o endurecimento do nosso coração as coisas divinas nos fazem apenas ouvir o que o corpo clama e este clama por imediatismo, clama por prazer desordenado, clama por algo que é passageiro,pois assim ele pode novamente alimentar-se e fazer disso um circulo vicioso do qual só o Sacramento da Reconciliação é capaz de nos libertar.

Nosso amado Pai nos convida a viver aqui na terra a realidade divina e não somente na Santa Missa, precisamos perceber a cada instante os rastros que o Sagrado vai deixando ao nosso redor, afinal somos seres celestes tendo experiencias terrenas e não o contrário, fomos criados no céu e para o céu e nada nesta terra vai completar esse desejo existente dentro do nosso coração desde a criação.

Por isso olhemos para o alto,contemplemos a morada que o Senhor Jesus preparou para nós desde a eternidade e a busquemos em cada realidade que vivermos,sabendo que para adentra-la é preciso passar pela porta estreita e ter um coração manso e humilde como o de nosso Senhor.

Como diz o Padre Fábio de Melo em uma de suas canções : “Põe teu olhar no que será, portas abertas: vem o céu é tua casa!” (O Céu è tua casa – Cd Filho do Céu).

Que o Espirito Santo guie nossos passos rumo a nossa casa na pátria celeste!

 

Totus Tuus,Maria!

Deixe uma resposta