Donde me vem a honra de vir a mim a mãe de meu Senhor?- Hyder Oliveira

Por 16 de fevereiro de 2016 Maria Nenhum Comentário

“Deus reuniu todas as águas e as chamou de mar; Deus reuniu todas as graças e as chamou de Maria” (São Luis Maria Grignion de Monfort).

Mês de maio. Mês das mães, mês da Mãe das mães. Não há como falar de Jesus sem falar de Maria. Uma mulher que, por si só, já seria modelo para todas as mulheres da humanidade. Humilde, terna, amável, líder, fiel, serva, orante. Modelo de castidade, pobreza e obediência. Santa. Bem-aventurada, a jovem virgem Maria, filha de Ana e Joaquim, foi desejada desde sempre por Deus para ser a Mãe do Salvador do mundo, Seu único e amado Filho. Nasceu livre da mancha do pecado original, santa desde o ventre, sendo imaculada desde sua concepção.

Mas ela foi além. Mesmo com todos os atributos que tinha, Maria nunca foi forçada a tomar qualquer decisão. O plano de salvação passou pelo “sim” dela, o “fiat” (faça-se) dado a Deus através do arcanjo São Gabriel. Maria viveu em uma época em que a sociedade era muito radical no cumprimento das normas sagradas. Uma mulher que tivesse um filho fora do casamento era apedrejada até a morte. Além disso, a Virgem era prometida em casamento a José, um homem de bem e muito devoto. Seria compreensível se ela não tivesse aceitado a proposta divina. Uma adolescente passando por uma situação tão delicada como aquela poderia ter muito medo, mas ela confiou no Senhor e permitiu que o Espírito Santo agisse, gerando uma nova vida em seu ventre. E, com isso, foi saudada por sua prima Isabel, que estava grávida do precursor, o profeta João Batista, com a pergunta: “Donde me vem a honra de vir a mim a mãe de meu Senhor” (Lc 1,43). Em meio à surpresa, Maria foi grata. E exultou de alegria em Deus através do belo cântico do Magnificat.

Maria aparece como um exemplo perfeito de mãe, com um cuidado especial pelo filho, mas compreendendo e guardando no coração todas as atitudes de Jesus no Seu relacionamento com o Pai. Foi assim quando o Messias tinha 12 anos e se perdeu dela no templo, foi assim também quando Ele decidiu entregar Sua vida pelo mundo inteiro. Ao lado de José, ela educou Jesus de acordo com a fé judaica, em um ambiente de paz e harmonia. Não à toa, os três formam a Sagrada Família, modelo para todos os lares.

Maria esteve presente nos momentos mais decisivos da vida de Jesus e dos apóstolos. No momento da crucificação e morte de Cristo, ela esteve aos pés da cruz e abraçou João, a pedido do filho, numa clara representação de que ela estava abraçando todos nós, seguidores de Jesus Cristo. Maria se tornava, em um simples ato, Mãe de todos os viventes. Ainda esteve presente no dia de Pentecostes, momento em que o Espírito Santo desceu e fortaleceu todos os apóstolos para a missão, marcando, assim, o nascimento da Igreja.

Maria não está enterrada em túmulo algum, o que nos leva a crer que ela foi assunta (levada) ao céu e as marcas da corrupção do corpo nunca a atingiram. E ainda assim, muitos a consideram uma mulher comum. Dizem que não devemos pedir graças a ela, pois a mesma não é “deusa”. Ora, o padre Paulo Ricardo costuma afirmar que não há lógica em termos medo de amar demais Maria e, com isso, deixar Jesus de lado, pois é impossível a lua ser mais grandiosa que o sol. Todo o brilho da lua é apenas reflexo do sol. Se olharmos para o sol, nossas vistas doem, porque o brilho é forte, mas para isso temos a lua, para contemplar aquilo que não conseguimos ver diretamente. Toda a grandiosidade de Maria, portanto, é apenas um reflexo de Deus.

E não consigo imaginar qual a mãe não atende ao pedido de um filho. Com isso, podemos concluir que Maria é, sobretudo, uma interessora. Ela roga por todos aqueles que pedem o seu auxílio nas batalhas diárias da vida. Não tenhamos medo de amá-la, de chamá-la de mãe, de pedir sua intercessão, de rezar o nosso terço, o nosso ofício, o nosso rosário. Ela nos ama e nos acolhe, como filhos necessitados que somos.

Mãe da Divina Providência, providenciai! Mãe do amor, rogai por nós! E cobre o nosso coração com o teu manto acolhedor! Amém! Te amamos!!! Totus Tuus!!!

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