“Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade – as três. Porém, a maior delas é caridade.” (1Cor 13,13)

As virtudes teologais – fé, esperança e caridade – são infusas em nosso coração no batismo. São elas que fundamentam, animam e caracterizam o agir moral do cristão. Nesta formação, iremos nos ater à Fé e à Esperança.

A fé é a virtude pela qual cremos em Deus e em tudo o que Ele nos revelou. Resumidamente, é crer no amor de Deus. No entanto, não nos basta somente acreditar, temos que viver essa fé, difundir e testemunhar, de modo que sem as obras a fé é morta.

“De que adiantará, irmãos, a alguem dizer que tem fé, se não tem obras? Acaso essa fé poderá salva-lo?” (Tg, 2, 14)

“Assim como o corpo sem alma é morto, assim também a fé sem obras é morta.” (Tg 2,26)

São Tomas de Aquino nos fala que é da natureza humana crer, ou seja, nós nascemos para crer, acreditamos uns nos outros, e fazemos isso a todo momento. Por exemplo: você ao abrir essa formação confiou em mim, confiou que ela seria uma boa formação. Caso não tivermos fé uns nos outros, não conseguiremos viver. E assim é nossa espiritualidade: com a falta de fé, surge uma doença espiritual.

É muito importante ressaltar que crer no amor de Deus não é senti-Lo. Fé não é sentir, é saber! Como padre Paulo Ricardo bem fala, não podemos viver de arrepios espirituais o tempo inteiro, fé é ter conhecimento, é crer em Deus mesmo nos momentos de maior aridez.

O catecismo define esperança como a “virtude teologal pela qual desejamos como nossa felicidade o Reino dos Céus e a Vida Eterna, pondo nossa confiança nas promessas de Cristo e apoiando-nos não em nossas forças, mas no socorro da graça do Espirito Santo” (1817).

Ela corresponde à aspiração de felicidade colocada por Deus no nosso coração, é como se fosse a âncora de nossa alma, é uma arma que nos protege no combate, nos traz alegria mesmo na provação. Tudo o que a esperança deseja e anseia pode ser resumido no Pai- Nosso, é o desejo de nosso coração.

“Esperança esta que seguramos qual âncora de nossa alma, firme e sólida e que penetra até além do véu, no santuário onde Jesus entrou por nós como precursor, Pontifice eterno, segundo a ordem de Melquisedec.” (Hb 6, 19-20)

Com a ressurreição, Deus nos dá uma esperança viva! Precisamos crer nessa esperança viva para podermos esperar o céu. Não podemos querer viver o paraíso aqui na terra, precisamos sim passar por provações, tentações, sofrimentos, assim conseguiremos trilhar nosso caminho ao céu, verdadeiro paraíso. Devemos voltar nosso coração para o lugar certo.

“Bendito seja Deus, o Pai nosso Senhor Jesus Cristo! Na sua grande misericórdia ele nos fez renascer pela Ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma viva esperança.” (1Pd 1,3)

Creio no Amor, espero no Amor e Amo.