O casamento eterno de Deus com a humanidade

Por 8 de dezembro de 2016 Formação, Humana Nenhum Comentário

“Para onde estamos indo? ”. Essa é a pergunta chave do terceiro ciclo de catequeses de São João Paulo II, onde depois de ter refletido sobre o projeto inicial de Deus, sobre o homem original e, depois também de nos falar sobre o homem após o pecado inicial vem encerrar o ciclo com essa reflexão ecológica: para onde estamos indo e como será a experiência do paraíso, e o que nosso corpo material tem a ver com isso?

A história da humanidade se inicia com um casamento, este serve como que um sinal para outro: o casamento de Deus com a humanidade, as núpcias do Cordeiro, tendo como um fim a participação do homem na natureza divina.

Por conta de Cristo este casamento, na união hipostática, já aconteceu. É por isso que só podemos pensar na ressurreição do corpo e da alma, tanto um como outro participarão da natureza divina.

Uma alma sem corpo é bem limitada, os santos estão em um estado de anormalidade. Enquanto almas estão no céu, mas não estão verdadeiramente completos. Somente Jesus Cristo e Nossa Senhora estão completos perfeitos no céu. Estando na Eternidade, os santos rezam por nós e tem a grande graça de viver em Deus. Mas ainda não estão completos, somente nas núpcias do Cordeiro, na volta do Senhor, cada qual com seus corpos, é que estarão perfeitos, ressuscitados.

Quando os corpos ressuscitarem para a glória eterna, estarão completamente restaurados em suas condições físicas e sexuais (ressuscitaremos virgens) e assim, no céu, não haverá mais sexo enquanto relação, não haverá casamento, não haverá necessidade de cobrir os corpos…

No céu também haverá uma completude total. Nossa busca de Deus será plenamente saciada, nossa relação será também entre nós, homens e mulheres, que estarão completos na glória sob a luz do Cordeiro. Será a realização máxima da humanidade que, unida completamente a Deus, se realizará plenamente. É dessa forma que retomamos a pergunta “para onde estamos indo?”, reflexão que São João Paulo II aponta, nos leva a ver a nossa vida como Deus queria (“Mas não foi assim desde o princípio (Mt 19,3), a vê-la também hoje como aconteceu (“Todo aquele que olhar para uma mulher com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela em seu coração. (Mt 5, 27-28) e para onde estamos indo. Acreditamos também que Deus tudo pode, e por vezes somos como os saduceus que recebem uma exortação de Jesus: “Acaso não estais errados, porque não compreendeis as Escrituras e nem o Poder de Deus?”

Poder de Deus. O terceiro ciclo da Teologia do Corpo fala, nos adverte sobre o Poder de Deus. Ele que fez a terra e tudo que há nela, e tem poder infinito para construir e desconstruir.

por Eduardo Gomes

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