O desafio de ser jovem cristão nos tempos atuais- Gilmara Brito

Por 15 de fevereiro de 2016 Humana Nenhum Comentário

Vivemos em uma sociedade em que tudo nos é apresentado como normal. Por diversas vezes, nós ouvimos que somos livres e podemos fazer da nossa vida o que bem entendermos, pois ela é nossa. Na verdade, Deus nos deu o “livre arbítrio” para escolhermos qual caminho queremos seguir, mas o grande problema é que a liberdade se transformou em libertinagem, de modo que os valores morais e religiosos estão desaparecendo, em detrimento do crescimento exacerbado dos contravalores, outrora inimagináveis.

Somos tachados de “cafonas” e “ultrapassados” ao afirmarmos que rezamos o terço, que vamos à missa, que buscamos viver a castidade e que acreditamos que o namoro santo deve ser almejado por todos os cristãos. O padrão hoje é dançar loucamente e dizer: “Alô vó, tô estourado!”, “Faz quadradinho de oito pra mim, faz!”, “Vem ni mim que eu tô facim, facim”, dentre outras frases que não serão citadas em respeito aos leitores deste texto.

Como jovens que buscam a santidade, nós precisamos fazer a diferença (por mais difícil que seja), buscando viver com firmeza e determinação os ensinamentos de Cristo, reconhecendo que a nossa vida foi um presente que Deus nos deu para cuidarmos bem, pois ela pertence a Ele, e não a nós. “Não sabeis vós que sois templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo” (1 Cor 3,16-17). Nosso corpo não é praça pública para ser explorado e aproveitado por qualquer pessoa. A castidade não se manifesta somente em nossos atos, mas também em nossos pensamentos, gestos e palavras. Tenhamos cuidado com nossas pregações, pois a mesma língua que toca os corações das pessoas pode estar ferindo outras com palavras de baixo nível. Nosso testemunho exige prudência, constância e fidelidade aos mandamentos.

Precisamos lembrar que só os “loucos” decidiram seguir Jesus e fazer o que Ele pedia. Eram os “DDD (Doidins de Deus)”, pois deram as costas para o que o mundo pregava para crescerem na fé. Venho propor um desafio: e aí, que tal sermos os loucos de hoje? Que tal sermos os “anormais”, os “DDDs”? Tenho certeza de que essa decisão não seria nada fácil, pois o “mundo”nos criticaria, nos apedrejaria, a começar pelos nossos “amigos” mais próximos, que só se relacionavam pela conveniência, pelos interesses mundanos, como festas, curtições e baladas seculares. Mas o que é loucura para o mundo é alegria incomparável para os cristãos autênticos. Não devemos jamais desistir de levantar essa bandeira, pois é melhor ser um “pirado” na vida eterna do que uma pessoa “normal” condenada a perder a salvação e ir para o inferno. Que tal usarmos um pouco da nossa loucura para arrastarmos mais loucos para Jesus? O mundo precisa do nosso testemunho.

Finalizo com uma passagem que mostra o que é necessário para fazermos o que Deus nos pede: “Quanto ao mais, meus irmãos, fortalecei-vos no Senhor e na força do Seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, as potestades, contra os príncipes das trevas deste mundo, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. Portanto, tomai a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça, e calçados os pés na preparação do evangelho da paz, tomando, sobretudo, o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos…” (Ef 6,10-18).

Deus abençoe a todos!!!

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