Papa e infabilidade papal – Lucas Almeida

Todo grupo de pessoas precisa de uma liderança. Caso não a tenha, tais pessoas ficam perdidas e confusas, sem unidade e rumo. A Santa Igreja possui liderança que é, visivelmente, o Papa (sucessor de Pedro) e, invisivelmente, o próprio Cristo. O Papa é, ao mesmo tempo, o maior líder e servo da Igreja, pois tem como maior exemplo Jesus Cristo, tão grande e poderosa parte da Trindade, que se fez homem e que tanto se humilhou e serviu a humanidade.

Pedro foi o primeiro Papa e, consequentemente, o primeiro Vigário de Cristo na Terra. Você pode se perguntar como Pedro, um simples pescador, chegou a esse patamar? E eu lhe respondo: porque Deus o escolheu para isso e ele aceitou a missão, deixando de ser pescador de peixes, passando a ser pescador de homens e foi incumbido pelo próprio Cristo para edificar a Sua Igreja, como consta em Mt 16, 13-19.

  Ao mudar o nome de Simão para Pedro/Cefas, como está escrito em Jo 1,40-42, ocorre a indicação de sua missão, para que este , por sua vez , fosse a pedra angular, a base de sustento da Igreja, assim como Cristo o é, com fortaleza e perseverança, com fé, esperança, caridade e tantas outras virtudes.

Não somente o Sumo Pontífice possui missão e responsabilidades, uma vez que o grande São Tomás de Aquino diz: “Cristo é a origem de todo sacerdote: pois o sacerdote da Antiga Lei era figura dele, ao passo que o sacerdote da Nova Lei age em sua pessoa”.

Segundo o prof. Felipe Aquino, “de pouco adiantaria Jesus deixar o Evangelho da Salvação se não conferisse à Igreja a infalibilidade em sua interpretação”. Vista essa frase e os parágrafos 889 e 890 do Catecismo, nota-se a grande importância do Magistério e de uma de suas funções que é a de guiar o rebanho de fiés, tendo por norte verdades de fé, dogmas, posições infalíveis da Igreja.

O dogma da infalibilidade foi proclamado pelo Papa Pio IX com o Concílio do Vaticano I, em 1870, pela Encíclica “Pastor Aeternus”. Tal documento eclesiástico diz dogmaticamente, dentre outras coisas, que Jesus não deu o primado da Igreja somente a Pedro, mas também aos futuros Papas, que temos o dever de amar e dar o assentimento de intelecto e vontade ao magistério papal.

Para que se proclame de forma infalível, tem como pré-requisitos:

  1. O Papa deve manisfestar a vontade de dar decisão dogmática;

  2.  O objeto de seu ensinamento deve ser a moral, a fé ou os costumes;

  3. O Papa precisa se dirigir a toda a Igreja na qualidade de Pastor Supremo e Doutor de todos os fiéis.

Sugestão:
*Conferir Encíclica “Mystici Corporis Christi”, na qual o Papa Pio XII mostra como aqueles que não se ligam ao Papa, não se ligam a Cristo.

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