O discípulo amado- Michel Lira

“Por que João se refere a si mesmo como o discípulo amado?” Estranho, Jesus amou a todos e amou intensamente até o fim. Escolheu doze para serem seus seguidores mais próximos e entre esses escolhidos apenas um se refere a si mesm como, o amado?!

Será que João era o preferido? A resposta é não. Jesus é justo, não privilegia a ninguém e ama cada um de nós de maneira individual, cada um do seu jeito, porém todos com a mesma medida.

Então João era um apóstolo “metido”, que se achava mais que os outros e por isso se denominava assim? Mais uma vez a resposta é não, pois, se assim o fosse, ele não seria tão fiel ao ponto de ter sido o único que ficou aos pés da cruz ao lado de Maria. João se denominava assim simplesmente por ser verdadeiro e assumir sem medo a verdade de nossas vidas: Somos discípulos amados.

Algumas características que João nos apresenta andam faltando muito em nosso meio e, por esse motivo, causa estranheza ao ouvirmos esta expressão “discípulo amado”. A primeira das características é a propriedade ou pode ser chamada de fé. João tomou posse da graça e do amor de DEUS.

João nunca tinha ouvido a voz de Jesus quando outro João (Batista) disse que ele deveria seguir Jesus, pois aquele seria o salvador. Ou seja, ele tomou posse da graça que estava na frente dele e essa graça ia se confirmando à medida que ele se aproximava de Jesus. De posse dessa graça ele pôde ver muitos milagres. Nossa fé hoje é o inverso da fé de João. Queremos ver o milagre para depois seguir Jesus, ou seja, não tomamos posse da graça e queremos primeiro o milagre. A segunda característica é a intimidade ou podemos chamar de oração. De maneira particular, essa seria uma característica semente de muitas outras.

João se deixou ser guiado por Jesus e isso gerou os frutos da oração (característica semente) a confiança, a perseverança e a obediência. Em relação a esse fruto da obediência, foi através dela que João sentiu o verdadeiro amor de DEUS. Pois, foi no ato de obedecer a Jesus mesmo quando Cristo foi severo com ele e mesmo quando Jesus disse não a vontade pessoal de João.

Nesses momentos que João percebeu que Jesus o amava tanto ao ponto de contrariar suas vontades pessoais para que João amadurecesse como ser humano, tivesse uma fé firme, fosse fiel ao Senhor e confiante de que esse amor de DEUS o acompanha sempre.

Baseados nessas características de João, sejamos imitadores dele, pois assim também tomaremos posse e seremos convictos de que, assim como ele, também somos discípulos amados.

Deixe uma resposta