Os Dois Malfeitores- Ricardo Bruno

Por 16 de fevereiro de 2016 Reflexão Nenhum Comentário

Inspiração: Lucas 23, 33 – 43.

Tantas são as vezes que erramos e bem sei que não gostamos de errar, mas enfim, erramos. Lembra daquela palavra maldita, daquele olhar torto, daquele falar em hora errada, daquele silencio que negou palavras de carinho? Lembra daquele “não” quando você sabia que tinha que dizer “sim” ou daquele “sim” quando o certo era dizer “não”? E aquela decisão que foi adiada para o dia de São Nunca?

Não é fácil se olhar no espelho e ver uma pessoa cheia de defeitos. Dormir ao fim do dia sabendo ter cometido um grande erro. Não é confortável sequer receber carinho de quem insistimos em fazer mal. E viajando rumo a prisões, o grande ato libertador vem do arrependimento.

Recordo-me de três homens sendo crucificados. Um inocente e dois malfeitores. Cada um sentindo as dores de um corpo frágil perante grande tortura. A morte viria logo e talvez viesse para uns em forma de alívio. Naquele momento, o mais zombado, certamente, era o inocente, declarado blasfemo.

Um desses malfeitores não consegue experimentar a grande graça de arrepender-se, de reconhecer os próprios erros. Não reconhece sequer o seu lugar: o fato de estar sendo crucificado ao lado de Jesus o faz pensar que é igual a Ele. Enquanto isso, o outro malfeitor repreende seu companheiro dizendo: “Nem sequer temes a Deus? Tu que sofres o mesmo suplício? Para nós isto é justo: recebemos o que mereceram os nossos crimes, mas este não fez mal algum”.

Reflita sobre esta imagem e pergunte-se quem você seria nesta situação. O primeiro ladrão que não tem coragem de sofrer as conseqüências dos seus atos; que não se vê inferior nem a justiça divina ou o que temeu a Deus e reconheceu os seus crimes e o merecimento de sua punição; e ainda teve coragem para pedir que fosse lembrado por Jesus? E ainda que fosse um quem você gostaria de ser a partir de agora?

Sua resposta pode ser triste se pensar no seu passado, mas pode ser alegre se tomar uma decisão neste presente.

Deixe uma resposta