O novo catecismo da Igreja Católica se basea em dois fundamentos: um é a bíblia e o outro é o magistério da Santa Igreja, que é a tradição comum das comunidades. Por isso, vamos nos basear nestes dois preceitos para chegar até a resposta de duas perguntas: O purgatório existe? O que é juízo particular?

Quando rezamos o creio, dizemos: “Creio na ressurreição dos mortos…” A igreja nos ensina que na hora da morte, no momento em que fechamos os olhos, todos passamos pelo chamado juízo particular.

Afirma o Catecismo da Igreja Católica: “Cada homem, em sua alma imortal, recebe sua retribuição eterna a partir de sua morte, em um Juízo Particular feito por Cristo, juiz dos vivos e dos mortos” (CIC 1051). Portanto, o Juízo Particular acontece no momento da morte, quando a vida passa como um filme diante de nós. Ninguém sabe se é por uma fração de segundos, ou por quanto tempo é. E, nesse juízo particular a pessoa vê toda a sua vida, mas a enxerga pela primeira vez sob a luz da verdade que é Cristo e pode contemplar os frutos do seu seu livre arbítrio.

Continua o Catecismo da Igreja Católica: “Cada homem recebe em sua alma imortal a retribuição eterna a partir do momento da morte, num Juízo Particular que coloca sua vida em relação à vida de Cristo, seja através de uma purificação, seja para entrar de imediato na felicidade do céu, seja para condenar-se de imediato para sempre”(CIC 1022).

Já o purgatório, não é um lugar, mas um estado de purificação das almas após a morte. Nosso Catecismo ensina: “Aqueles que morrem na graça e na amizade de Deus, mas imperfeitamente purificados, estão certos da sua salvação eterna, todavia sofrem uma purificação após a morte, afim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do céu” (CIC 1030). A Igreja chama de purgatório esta purificação final dos eleitos que é absolutamente distinta do castigo dos condenados (CICI 1031).Biblicamente a crença na existência do purgatório encontra-se no Antigo Testamento, em 2Macabeus 12, 39-45 e no Novo Testamento em MT 12, 31; Lc 12, 45-48.58-59.

Então, imediatamente após a morte física, a nossa alma já terá o seu destino eterno definido. Para o céu vão aqueles que morreram em estado de beatitude, como por exemplo: Nossa Senhora e os santos. Esses foram direto para Deus. Para o purgatório vão aqueles que estão destinados ao céu, mas antes, têm de viver o estado de purificação. E para o inferno vão aqueles que não aceitam a salvação, concedida por Deus.