A Bíblia – Parte 2- Rafaela Medeiros

Por 12 de fevereiro de 2016 Doutrina Nenhum Comentário

O Novo Testamento tem um total de 27 livros, que vai do Evangelho de Mateus ao Apocalipse.  Apesar de iniciar com o Evangelho de Mateus, o Evangelho mais antigo é o de Marcos, sendo que o escrito mais antigo é a Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses e o mais recente é o Evangelho de João. É de suma importância ressaltar que a Bíblia não é de autoria dos apóstolos ou discípulos, mas sim do Espírito Santo como está escrito em 2Tm 3, 16: “Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e formar na justiça.”

No início da Igreja, os ensinamentos eram passados oralmente, porém com o tempo era cada vez mais urgente a necessidade de deixar escrito esses ensinamentos e a história de Jesus. Ao final do século I e início do século II o número de livros começou a variar de uma igreja a outra, as corrente heréticas do marcionismo (só eram divinos o evangelho de Lucas e a primeira epístola de Paulo) e o montanismo (Montano pretendia introduzir como livros santos seus próprios escritos) urgiram a determinação do Cânon do Novo Testamento.

O critério objetivo e último para a aceitação do Cânon do N.T. era a revelação feita pelo Espírito Santo. Os critérios secundários eram três: origem apostólica, conformidade na doutrina e uso litúrgico antigo e generalizado. Com base nesses critérios foi concluída a lista íntegra do Novo Testamento.

Há duas divisões feitas em relação ao Novo Testamento. Uma delas separa-os com relação ao conteúdo: livros históricos (evangelhos + atos dos apóstolos), cartas dos apóstolos (21 cartas de romanos a Judas), livro profético (apocalipse). A segunda divisão é baseada na estrutura: EVANGELHOS são 4 livros, os 3 primeiros podem ser chamados de sinóticos pois podem ser colocados em paralelo e lidos em conjunto; ATOS DOS APÓSTOLOS é o único livro que é continuação do Evangelho  de Lucas e escrito pelo mesmo; EPÍSTOLAS são subdivididas em paulinas (escritas por São Paulo) e católicas (escritas por outros apóstolos) e PROFÉTICO que é o apocalipse de São João.

Os discípulos e apóstolos, que escreveram o Novo Testamento (lembrando que eles não são os autores da Bíblia) não pretenderam fazer uma biografia de Jesus, história ou crônica da ação dos seguidores Dele; quiseram, em primeiro lugar, anunciar Jesus para que os homens tivessem fé e se comprometessem com o Senhor. Assim deve ser também nos dias de hoje, que não seja um livro largado em casa, mas que por meio da Bíblia sejamos fortalecidos em Deus e O anunciemos até os confins da Terra.

Deixe uma resposta