A importância do louvor

Por 20 de fevereiro de 2017 Formação, Reflexão Nenhum Comentário

Como filhos de Deus, sabemos de todas as maravilhas que Ele fez e ainda faz, desde a criação até a redenção dos nossos pecados. Deus, infinitamente perfeito e cheio de misericórdia, não cansa nem desiste de nós, por mais que sejamos falhos. Como nós, seres mortais e imperfeitos, poderíamos retribuir tudo que nos foi gratuitamente dado?

A resposta é simples: não podemos. Além disso, Deus não precisa da nossa gratidão ou de algum favor. Mas Ele, como bondoso Pai, gosta da nossa companhia e fidelidade. Então, a pergunta certa seria: “Como nós podemos alegrar a Deus?” Então, teríamos uma resposta mais animadora: Conhecendo-O e amando-O. Para isso, é necessária uma vida de oração.

A nossa oração pode ter características de súplica, quando pedimos algo para nossas necessidades, de intercessão, quando pedimos alguma graça por um irmão, de ação de graças, que nada mais é que agradecer uma graça alcançada ou, por fim, a mais perfeita de todas as orações: a prece de louvor. Mas… O que é o louvor? É uma música animada com coreografia que ouvimos nos grupos de oração?

Segundo o ponto 2639 do Catecismo da Igreja Católica, “o louvor é a forma de oração que reconhece o mais imediatamente possível que Deus é Deus! Canta-o pelo que Ele mesmo é, dá-lhe glória, mais do que pelo que Ele faz, por aquilo que Ele É. (…) O louvor integra as outras formas de oração e as leva Àquele que é sua fonte e termo final: ‘O único Deus, o Pai, de quem tudo procede e para quem nós somos feitos’ (1 Cor 8, 6).”

Assim sendo, o louvor é bendizer a Deus não pelo que Ele nos dá, mas sim, por Ele existir. Quando louvamos ao Senhor, mostramos a Ele que não estamos interessados nEle só para conseguir algo, como filhos ambiciosos que querem uma herança melhor, mas como alguém realmente apaixonado, que quer estar cada vez mais perto do seu amado.

Um bom guia sobre louvor é o Salmo 150, que nos diz onde se deve louvar a Deus, porque isso é necessário, como deve ser feito e quem deve louvar a Deus. A resposta? Em todo lugar, a todo momento, de todas as formas. E não só nós, humanos, louvamos a Deus. O Salmo termina dizendo: “tudo que respira louve o Senhor!” No ponto 1138 do Catecismo diz que “participam do serviço do louvor a Deus e da realização de seu desígnio: as potências celestes, a criação inteira, os servidores da antiga e da nova aliança, o novo povo de Deus, em especial os mártires ‘imolados por causa da Palavra de Deus’ e a Santa Mãe de Deus (como não se lembrar de Nossa Senhora entoando o Magnificat ao visitar sua prima Isabel?), e finalmente ‘uma multidão imensa, impossível de se enumerar, de toda nação, raça, povo e língua’.” Assim, sabemos que ao chegar à pátria celeste, durante toda a eternidade, nosso papel será louvar a Deus!

São Paulo também faz a seguinte exortação à comunidade de Efésios: “Recitai entre vós salmos, hinos e cânticos espirituais. Cantai e celebrai de todo o coração os louvores do Senhor”. Temos a oportunidade de louvar a Deus desde já, antes mesmo da glória do céu, com nosso viver. Não espere para fazer isso só quando estiver lá: “Hodie et Nunc”. Hoje e agora.

por Lila Rodrigues

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