Arrependimento ou Culpa?- Katielly Carneiro

Por 15 de fevereiro de 2016 Reflexão Nenhum Comentário

Quantas vezes em nossa caminhada cristã nos deparamos com o sentimento de culpa por termos feito algo ou mesmo por sermos omissos diante da missão apresentada, esse sentimento muitas e muitas vezes nos levam a afastarmo-nos de Deus e de sua Igreja, sentimos que estamos ali vivendo uma hipocrisia, pois nossos atos não correspondem a dignidade de filhos de Deus que temos.

O sentimento de culpa nos faz acreditar que não temos mais jeito, que aquele pecado nos persegue por muito tempo, que a confissão já não surte efeito e a comunhão parece ser algo distante, nos afastamos do serviço para não sermos tachados de hipócritas, nos afastamos da missa porque sem comunhão ela parece não ter sentido, deixamos de rezar, pois achamos que nossas preces não são ouvidas devido ao nosso pecado.

Diante desse sentimento o nosso coração desacredita do céu, da santidade e sem perceber nos faz desacreditar em Deus, na Sua bondade, no Seu infinito amor e misericórdia.

São João Maria Vianney, o Santo Cura  D’ars nos coloca a seguinte frase:

“Alguns dizem: “Fiz demasiado mal. O bom Deus não pode me perdoar.” Isso é, todavia, uma grande blasfêmia. Significa colocar um limite à misericórdia de Deus. Mas ela não tem nenhuma, é ilimitada. Nada ofende tanto o bom Deus como duvidar de Sua Misericórdia.”

O papa Francisco no seu primeiro Angelus afirma: “Deus nunca se cansa de perdoar. Não nos cansemos de pedir perdão”

Diante de tais palavras, diante dos relatos da mulher adultera, diante de Pedro a negar Jesus, de Saulo a perseguir os cristãos, de Franciscos, de Teresas, de Agostinhos, de Catarinas, diante de nós mesmos, deixemos que Jesus nos alcance com sua misericórdia.

Para o cristão é o arrependimento que deve permear a vida, a busca pelo perdão de Deus, pela conversão diária, sabendo-se que a santidade não é a perfeição, mas a luta apesar das quedas, que o céu a nossa espera é feito de homens e mulheres que se arrependeram e voltaram pros braços do Pai todos os dias de sua vida.

Não importa se o pecado tornou-se vicio que você acha que não tem forças, olhe para a cruz, para o sacrário, olhe para seu coração, o Deus do impossível está a sua espera para realizar a cura, o milagre e se for preciso sua ressurreição.

“Homem é, e não Deus; carne e não anjo. Como poderia você estar sempre em um mesmo estado de virtude, quando esta perseverança faltou ao anjo no céu e ao primeiro homem no paraíso? Eu sou quem sustento e livro aos que choram: e faço subir até a participação da minha divindade os que conhecem sua fraqueza.” (Livro: Imitação de Cristo)

Sejamos capazes de reconhecer nossas fraquezas e deixar que a misericórdia de Deus atue em nossas vidas nos fazendo desejar todos os dias à santidade que nos levará ao céu.

 

Totus Tuus, Maria!

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