Celibato- Júnior Morais

Por 15 de fevereiro de 2016 Doutrina Nenhum Comentário

Todos os cristãos católicos e batizados são chamados a viver a castidade¹. Vale lembrar que a castidade deve ser vivida em toda a vida do cristão. Jesus, José e Maria viveram a castidade. Maria, a primeira cristã, nos deu exemplo de viver a castidade matrimonial. O casal também é chamado a viver a castidade, praticando o ato sexual como uma doação mútua de amor e união. O sexo é utilizado de forma unitiva e procriativa. Logo, o celibato é uma das maneiras de se viver a castidade. O celibatário encontra na abstenção da genitalidade sua vocação. No evangelho de Mateus podemos verificar que essa vocação já era pregada por Jesus². Muitas pessoas pensam que só sacerdotes que é que são celibatários. Contudo, o celibato se estende a leigos e religiosos (homens e mulheres). Estes se consagram celibatários e vivem sua sexualidade sem exercer sua genitalidade.

 

Não precisamos ir longe para encontrar pessoa que condenam deste carisma argumentando que celibatários também merecem gozar dos prazeres concedidos por Deus como o ato sexual. Em primeiro lugar, devo lembrar que o celibato não é imposição e sim escolha, vocação. Em segundo lugar, devo lembrar esses nossos irmãos que sexualidade não se reduz a genitalidade. O celibatário exerce sim sua sexualidade. Outro questionamento bastante é porque o sacerdote não pode receber o sacramento do matrimônio. A esse questionamento respondemos com uma pergunta. Porque um homem ou uma mulher pode ter duas famílias distintas? Certamente porque haverá de negligenciar o cuidado com uma para cuidar da outra. Assim acontece com os padres. Eles são “casados” com a Igreja. Vivem para servir a Igreja de Cristo. Para se doar um sacramento é necessário se doar por inteiro. Se um sacerdote fosse se doar ao sacramento do matrimônio certamente ele doaria pedaços, pois já havia casado antes, já assumira compromissos.

 

Gostaria de dedicar esse parágrafo ao celibato sacerdotal. O sacerdote exercendo seu ministério ele age In  persona Christi, ou seja, ele age na pessoa de Cristo. Logo, em sua vida o padre tenta ao máximo ser reflexo desse espelho chamado Jesus. Jesus foi celibatário. Viveu sua sexualidade, mas não sua genitalidade. Por isso o celibato sacerdotal é tão importante. Pois ele aproxima os sacerdotes do verdadeiro sacerdote que foi Jesus.

 

Celibato não é fonte de distúrbios sexuais, não é motivo de tristeza e muito menos imposição. Celibato é um dom de Deus que necessita de bastante fé para se viver. É um carisma. É fonte de santificação, de aproximação com a pessoa de Jesus. Celibatários que encontraram nesta forma de viver sua sexualidade não são pessoas tristes, muito pelo contrário. São pessoas que aprenderam a amar livre dos prazeres carnais. São pessoas que descobriram que o amor vai muito além do sexo, descobriram que o amor é doação, escolha, renúncia… Que o amor é o próprio Deus!

 

Totus Tuu Maria!

1 - §2348: Todo batizado é chamado à castidade. O cristão “se vestiu de Cristo”, modelo de toda castidade. (CIC)

2 – “Porque há eunucos que o são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados tais pelas mãos dos homens e há eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do Reino dos céus. Quem puder compreender, compreenda.” (Mt 19,12.)

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