“A mão do Senhor estava com eles e grande foi o número dos que receberam a fé e se converteram ao Senhor. A notícia dessas coisas chegou aos ouvidos da Igreja de Jerusalém. Enviaram então Barnabé até Antioquia. Ao chegar lá, ALEGROU-SE, VENDO A GRAÇA DE DEUS, E A TODOS EXORTAVA A PERSEVERAR NO SENHOR COM FIRMEZA DE CORAÇÃO, POIS ERA UM HOMEM DE BEM E CHEIO DO ESPÍRITO SANTO E DE FÉ. ASSIM UMA GRANDE MULTIDÃO UNIU-SE AO SENHOR.” Atos 11, 21-24

A primeira figura de grandeza na fervorosa comunidade cristã que surgiu em Jerusalém após o derramamento do Espirito Santo, o dia de Pentecostes foi Barnabé. Dentre seus feitos mais interessantes foi o despojamento material para seguir a Jesus Cristo, sendo ele proprietário de um campo, vendeu-o e trouxe o dinheiro, depositando-o aos pés dos apóstolos. Considerado um homem das “felizes intuições” por conta de uma abertura ao Espírito Santo, que o conduzia aos melhores caminhos.

Sua conduta foi recheada de uma confiança em Deus que o fazia confiar nas pessoas, estas tão amadas por Deus como ele. Barnabé deu oportunidades para as pessoas quando os outros não confiavam nelas. Quando o até então, Saulo se converteu (tornando-se Paulo) muitos cristãos duvidavam da sua sinceridade e o temiam, pois era um homem perigoso. Mas Barnabé, filho da Consolação, lhe deu confiança e os apóstolos em Jerusalém aceitaram sua recomendação. Depois disso Paulo pregou à muitas pessoas em diversas nações, em companhia de Barnabé. Não foi somente em Paulo que Barnabé devotou sua confiança, mas em sua primeira viagem apostólica João Marcos acompanhou estes pregadores na primeira parte da viagem, mas desistiu quando chegaram a um trecho perigoso. Paulo perdeu a confiança em João Marcos, mas Barnabé lhe deu uma segunda chance (Atos 15:37-39). Certamente essa paciência com João Marcos contribuiu para que mais tarde o mesmo escrevesse um dos relatos da vida de Jesus, o Evangelho Segundo São Marcos.

Paulo e Barnabé e depois Barnabé e Marcos pregaram em várias nações, de maioria pagã. Usou de misericórdia, mansidão e principalmente abertura ao Espírito Santo. Barnabé tinha um impulso do Espírito no seu coração, e Deus lhe concedia coragem, firmeza e grande conversão para além de anunciar o nome de Jesus nas nações; irradiar seu amor contagiando aqueles que não conheciam seu amor.

Vivemos hoje em um mundo neopagã, necessitado mais do que nunca da misericórdia de Deus, necessitado de testemunhos vivos do Deus vivo que verdadeiramente ressuscitou. O paganismo contemporâneo se esconde e se instala nas sociedades como algo bom, que produz fruto. Mas não leva a uma mudança de vida, a uma vida plena. Somente o Espírito Santo pode converter, consolar e dar coragem aos corações para anunciar o Evangelho em todas as realidades do mundo de hoje, manchadas de um novo paganismo, que nega a Cristo e não vê os cristãos.

O maior exemplo de Barnabé para a conduta cristã é sua missionariedade, sua vida apostólica e sua docilidade ao Espírito que o inspirava tantos atos de caridade e misericórdia, além de lhe distribuir todas as virtudes necessárias para a Evangelização naquele tempo e que nos inspira a evangelização no mundo de hoje.

por Eduardo Gomes Ferreira