Quando falamos de misericórdia estamos nos referindo à compaixão, piedade, ao perdão. E não tem como falar de misericórdia e não falar de Jesus, pois Ele é a nascente que a jorra sem cessar. Dando um passeio ao tempo de Jesus, podemos ver claramente a misericórdia na prática. Os milagres que Ele realizou, o modo como tratava aqueles que se sentiam distantes, abandonados. E muitos não entendiam o porquê de tais atitudes, questionavam-se: mas como pode? Aquele que se diz filho de Deus, olhando para os menores, para os segregados, e Jesus vem responde-lhes:
“Não são os que estão bem que precisam de médico, mas sim os doentes. Ide e aprendei o que significam estas palavras: Eu quero a misericórdia e não o sacrifício. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores.”(Mt 9,12-13).
Esta passagem vem nos revelar mais uma vez o amor infinito de Deus, a sua compaixão para com todos nós pecadores. Porque Jesus veio para manifestar a misericórdia do Pai através de atos concretos, convidando-nos assim à conversão, mostrando que sem ela, não se pode entrar no Reino dos Céus e também o quão grande é alegria no céu quando um pecador se converte. A prova de todo esse amor e compaixão é o sacrifício, a entrega de Sua própria vida em remissão de nossos pecados. Não pense que ao comungar o corpo e sangue de Cristo você é digno, pelo contrário, você comunga por necessidade, pois o nosso ser tem sede da Misericórdia Divina.
Todos já devem ter escutado a parábola do “Filho pródigo”, que tem como tema central “O pai misericordioso”: o deslumbramento de uma liberdade enganosa, e logo em seguida a miserabilidade, o despertar de que todos os bens foram gastos e nada lhe restava; o arrependimento e a decisão de se reconhecer culpado; o caminho de volta, o acolhimento e a alegria de seu pai com o seu retorno. Nesta parábola há a descrição de forma dinâmica por Jesus, daquilo que acontece conosco. Vivemos muitas vezes uma falsa liberdade, nos entregamos à sujeira, pedimos as nossas “contas” a Deus e nos afastamos. Porém com o tempo o pecado vai se tornando amargo, chegando a nos machucar de forma brutal. E então retornamos à casa do Pai, reconhecendo-nos pecadores para que a Sua misericórdia que é infinita nos perdoe e assim penetre em nossos corações.
É preciso que nos reconheçamos pecadores, fracos, e necessitados sempre do amor e dos cuidados de Jesus. Pois é através da confissão de nossas falhas que podemos então acolher a Sua misericórdia. Assim fazendo, Ele que é fiel e justo nos purificará e nos perdoará de todos os males.
Assim como Ele agiu em minha vida e eu pude enxergar a sua infinita bondade, Ele também deseja realizar na sua, basta abrir o coração!
“Jesus, manso e humilde de coração. Fazei de nosso coração semelhante ao Vosso.”
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