Missão- Rodrigo Gadelha

Por 15 de fevereiro de 2016 Humana Nenhum Comentário

“Como o pai me enviou, assim também eu vos envio” (Jo 20,21). Jesus tinha por missão salvar os homens de todos os tempos e dos confins da terra. Entretanto, limitado pelas circunstâncias, Jesus precisou formar seus discípulos e capacitou uma dezena de mestres para poder confiar-lhes exatamente a mesma missão que a ele fora confiado.

A missão de Jesus consistiu em ser salvação de Deus para os homens, logo nossa missão não pode ser outra, senão a de estender no tempo e no espaço a obra salvífica de Jesus Cristo.

Para que possamos continuar essa missão, Jesus nos enviou seu Espírito Santo. Só com o Espírito Santo é possível construir o Reino e nos confirmar na vocação a qual somos chamados. Sem o Espírito Santo é impossível completar a obra de Jesus Cristo.

Uma das formas que o Espírito Santo age é através da manifestação dos carismas. Quando nossa pregação é animada pelo Espírito Santo de Deus, os carismas se manifestam. Evangelizar, sem usar os carismas, é como mutilar o evangelho, pois os carismas além de provar a veracidade da doutrina católica, também são atos salvíficos através dos quais Deus se manifesta no meio dos homens.

Nossa missão é chegar a frutificar, e para isso não devemos esconder os talentos que Deus nos confia, mas o grande problema é que algumas pessoas estão mais interessados em florescer do que frutificar, e geralmente são as pessoas que supõem serem seus os êxitos pastorais, referindo-se às flores e não aos frutos. O fruto por outro lado, não é algo forçado, mas é o mais natural numa árvore.

Jesus fala bem claramente da árvore que não dá frutos. Se o ramo que dá fruto é podado para que dê mais fruto, a videira que não frutifica, é arrancada para ser queimada. Da mesma forma é em nossa vida: se não damos fruto, para nada servimos.

Mas não nos enganemos, Jesus quando pede para que possamos dar muitos frutos, ele se refere primordialmente à qualidade e não a quantidade. O importante não é ter o fruto, mas sim ter bom fruto. Jesus também disse que seríamos identificados pelos frutos que viríamos a produzir.

Outra missão a qual Jesus nos confia pode ser encontrada na seguinte passagem do livro de Mateus: “Vão e façam todas as gentes meus discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e ensinando a observar tudo que o que lhes tenha sido ordenado.” (Mt 28, 19-20). A ordem foi clara e expressa: “fazer discípulos”. Temos formado verdadeiros discípulos, ou somente levado multidões a Jesus?

Nossa meta não se reduz a sermos apenas discípulos, mas a produzi-los, o que implica, necessariamente, que antes cheguemos a ser mestres. Somos mestres, não pela doutrina que transmitimos, mas pelos novos discípulos que fazemos. Mas isso ainda não é suficiente, além de produzirmos novos discípulos, precisamos também capacitar novos mestres.

Nossa passagem pelo mundo é transitória, se não deixamos algo que permaneça, quando se morre, acaba-se tudo o que fizemos, logo não basta que haja pastores que cuidem das ovelhas, é preciso que os pastores formem pastores.

O sinal que identifica os verdadeiros mestres é que estão produzindo mestres, pois afinal, somos aquilo que produzimos. Quando falamos de mestres, nos referimos a pessoas que por seu turno sejam capazes de formar discípulos de Jesus, aptos para os diferentes ministérios da comunidade.

Deixe uma resposta