Qual o posicionamento da Igreja sobre a homossexualidade?- Bárbara Sampaio

Por 15 de fevereiro de 2016 Humana Nenhum Comentário

“Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”. Essa frase resume o que Deus deseja para cada um de seus filhos e o que Ele pede nas relações uns com os outros. Mas, infelizmente, sabendo disso, podemos nos questionar de diversas formas, dentre elas, sobre as práticas homossexuais: se Deus quer que nos amemos, por que Ele não permite que eu tenha um relacionamento com uma pessoa do mesmo sexo? Por que a Igreja condena o casamento homossexual se ela prega o amor?

Antes de tudo, devemos saber que Deus abomina o pecado, mas ama o pecador. E que há uma intrínseca diferença entre atos homossexuais e tendência homossexual. O ato é a prática homossexual em si. Já a inclinação ao ato não leva subitamente ao cumprimento dessa ação.  A tendência pode ser explicada da seguinte forma: assim como pessoas que têm a predisposição a roubar as coisas alheias precisam resistir a isso, aquelas que são tendenciosas a homossexualidade devem também utilizar de meios para conservar seu autocontrole, isso é, através da aproximação diária de Deus.  É importante dizer que a Igreja não pede para aqueles que têm tendência homossexual nada mais do que ela deseja das pessoas heterossexuais: a castidade. Isso é confirmado pelo Catecismo da Igreja Católica (nº 2359): “As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã”. E aí surge a pergunta: Se eu estou em um relacionamento homossexual, mas não peco contra a castidade com o meu parceiro (a) não estou ofendendo a Igreja?

A Igreja é apoiada em três alicerces: o Magistério, a Tradição e as Escrituras. E em todos eles a prática homossexual é estritamente condenada: através do Magistério e da Tradição da Igreja, no Catecismo (nº 2358) é dito “os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados, são contrários à lei natural, fecham o ato sexual ao dom da vida, não procedem duma verdadeira complementaridade afetiva sexual, não podem, em caso algum, ser aprovados”. E nas escrituras são citadas diversas passagens que condenam os atos homossexuais, a qual destaco a seguinte: “Quando também um homem se deitar com outro homem, como com mulher, ambos fizeram abominação” (Levítico 18, 22). Então, percebe-se que a ofensa a Deus está em ceder e praticar o ato homossexual em si e, dessa forma, vemos também, que o casamento homossexual é incabível dentro da Igreja, pois além de ir contra a ordem natural, ele não pode realizar uma das principais funções do matrimônio: a concepção de um filho.

Portanto, diante do exposto, voltemos ao início da formação “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”. A Igreja nos pede o amor! E por isso, dotados pelo amor que temos por Deus e com o que Ele tem para conosco, que possamos nos dissipar totalmente de atitudes não-cristãs com relação aos homossexuais, pois isso gera sofrimento e má interpretação do que a Igreja prega. Que tenhamos a meta de cada vez mais amar nossos irmãos, respeitá-los, acolhê-los e auxiliar aqueles que desejam enfrentar essa provação se unindo ao sacrifício de Cristo na cruz com o objetivo de alcançar a glória dos céus mesmo diante dessas dificuldades.

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