Quem nos separará do amor de Deus?- Hyder Oliveira

Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor. Destes três, o maior deles é o amor” (I Coríntios 13,13). São Paulo escrevia para o povo de Corinto uma realidade indiscutível: o amor é indestrutível, eterno, permanece vivo ao longo dos tempos. Deus manifesta o Seu amor por cada um de nós desde o início dos tempos, com a criação do homem e da mulher, na figura de Adão e Eva. Tanto que Ele nos diferenciou das demais criaturas ao nos chamar de filhos, e filhos muito amados. Desde então, procurou uma forma de se relacionar com a humanidade através de uma aliança eterna. Através de Noé, Abraão, Isaac, Jacó, Moisés, de juízes, reis e profetas, o Senhor manifestava o desejo de falar com o Seu povo, dando a ele o direcionamento necessário para uma vida de alegria e amor no mundo que Ele criou. Mas o povo estava se deixando levar pelas fraquezas e concupiscências, caindo gravemente no pecado. Aquilo entristecia o coração do Senhor, que via a humanidade perdendo a salvação. Então, com todo o Seu amor, enviou Jesus Cristo para pagar os nossos pecados com o Seu próprio Sangue, como profetizava Isaías: “Mas ele foi castigado por nossas iniquidades; o castigo que nos salva pesou sobre ele; fomos curados graças às suas chagas” (Isaías 53,5). E ainda nos enviou o Espírito Santo, que permanece agindo em nossas vidas, nos auxiliando e nos fortalecendo a cada instante.

E de que forma nós devvemos corresponder a esse amor tão profundo? Como amar a Deus sobre todas as coisas? Como viver o primeiro mandamento em sua plenitude? Como amar o meu irmão como a mim mesmo? Estas questões remetem ao trecho de uma música que afirma que “a menor intenção de ser melhor já é amor”. Deus espera de nós uma resposta, um desejo de querer melhorar a cada dia. É claro que inevitavelmente ocorrerão quedas, falhas e pecados, mas a nossa força de vontade de querer ser um sinal vivo do amor dEle fará toda a diferença. Como disse Nelson Mandela, “nunca podemos nos esquecer de que os santos são pecadores que continuam tentando”. Nada pode abalar um coração que nasceu para amar e adorar.

Por fim, meus queridos irmãos, estejamos em unidade com a nossa Igreja, que está celebrando o Ano da Fé, em comemoração dos 50 anos do Concílio Vaticano II e 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica. Que seja um período de oração profunda e de vivência nos preceitos da fé católica. Sejamos sinal do amor em nossas casas, trabalhos, colégios, faculdades e comunidades. Não esmoreçamos nessa sublime missão. Se Deus é por nós, quem será contra nós? “Porque estou certo de que nem a morte nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 8,38-39).

Permaneçam firmes no amor de Deus! A paz de Cristo e o amor de Maria!

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