Falar de Deus é sempre complexo, por se tratar de alguém que só conhecemos pela Sua misericórdia e grandeza, e pela entrega do Seu Filho único a nós para a purificação de todos os nossos pecados, que pela morte e ressurreição nos faz, de certa forma, merecedores do Seu Reino!

Temos em Jesus o mais próximo do sagrado na terra. Do céu, Ele se fez homem semeando santidade, nos deixando um legado e a missão de manter vivo dentro dos nossos corações o próprio Deus. E dessa frase eu começo esta formação: “Quem consegue entender que Deus vive em nós?”. “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança…” (Gn 1,26a).

Para entregar-se inteiramente aos céus é preciso algumas coisas. A primeira delas é acreditar nas santas palavras da Sagrada Escritura, pois se não tivermos a Bíblia como maior instrumento contra o pecado e modelo vivo de santidade, não haverá conversão. Depois dessa grande graça, é fundamental lermos as sagradas escrituras, que dizem, sussurram e gritam: “Cristo está em ti, és imagem e semelhança dEle, portanto és valioso!”. Essa passagem bíblica deveria ser a mais proclamada entre os membros da Igreja, pois é a partir dela que a vida cristã começa – percebam a sabedoria da Bíblia, pois não é à toa que esse é o primeiro texto.

E assim passamos a entender qual a importância de carregar Cristo dentro de nós; quando comungamos, não comungamos para “receber” Jesus não! Jesus existe em todos desde a concepção, é a própria sagrada escritura que diz que, em todos os momentos de nossa vida, em toda a nossa santidade, em todas as nossas falhas e pecados Ele está lá! Jesus eucarístico é um presente que o próprio Deus nos deixou, por meio do qual se faz a comunhão de vida com Ele e a unidade do povo de Deus; é a ação pela qual Deus santifica o mundo em Cristo. A Eucaristia é o clímax da nossa fé, por ela Deus nos fortalece e nos confirma a maneira de pensar e agir. Em minha opinião, é o presente mais lindo de Cristo. É quando Ele me diz: “Filha, te dou munição para evitar o pecado!”. Eis a importância da comunhão. “Fazei isto em memória de Mim” é quase uma súplica para reforçarmos a nossa fé quando estivermos fracos. A verdade é que não tem como se afastar do Pai recebendo o “pão do céu” e o “vinho da salvação”.

Em uma homilia do padre Fábio de Melo, ele revelou que a tentação de um pecado, seja ele qualquer que seja, dura aproximadamente um minuto. Diante dessa informação, fica a dúvida: será que uma oração forte não seria capaz de afastar o pecado?

Eis aqui um (a) servo (a) do Senhor. Meu corpo, minhas palavras, minhas ações e meu espírito são templo vivo de Jesus Cristo e, assim como eu não teria coragem de entrar em Sua casa, abrir o sacrário e cometer pecados, eu não posso também falar, pensar e agir de determinadas formas, já que habita em mim o Senhor da minha vida. Quantos pecados somos capazes de renunciar quando sabemos bem quem vive e habita o nosso corpo?

Que possamos ser santos, e ser santo é agir de acordo com o que a nossa fé nos manda, ou seja, que não esqueçamos o nosso lado humano que carregará pecados, mas lembremos de um lado santo, divino, que pecado nenhum será capaz de sufocar.

Ato de Confiança na bondade de Nosso Senhor: “… Em vão o Vosso e meu inimigo ne arma todos os dias novos laços; tudo me fará ele perder, menos a esperança que tenho na Vossa misericórdia. Ainda que eu houvesse caído cem vezes, e fossem os meus crimes cem vezes mais horríveis do que são, ainda assim eu esperaria em Vós. Assim seja!”.