Sozinho, eu não conseguirei- Luana Lóscio

Por 15 de fevereiro de 2016 Humana Nenhum Comentário

No mês de outubro, a Igreja nos convidou a rezar e refletir sobre Missão e nos relembrou o valor dos missionários com o principal objetivo de fazer-nos despertar para o nosso compromisso de sermos discípulos missionários. Este é, inclusive, o carisma do Grupo de Oração Pentecostes. Portanto, não podemos encarar a Missão como uma realidade distante, mas sim como um estado permanente. Ser missionário é ser cristão, não há como ser cristão e não ser missionário. O primeiro missionário foi o próprio Jesus Cristo, que saiu de junto da Trindade Santa fazendo-se carne e habitando entre nós com a principal missão de dar-nos a conhecer e fazer-nos participar da comunhão de amor existente entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Sabendo que retornaria para junto de Seu Pai, incumbiu aos apóstolos e discípulos dar continuidade à Sua Missão, de ser instrumento de Salvação assim como Ele foi. O mandato missionário que eles receberam estende-se a todos nós: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura.” (Mc 16,15).  A Igreja é missionária, portanto, todos nós, discípulos de Jesus que fazemos parte dela e formamos o corpo místico de Cristo, também somos. Para ser missionário basta ser cristão, ser batizado e deixar-se guiar pelo impulso do Espírito Santo que unge e capacita.

Depois disso, designou o Senhor ainda setenta e dois outros discípulos e mandou-os, dois a dois, adiante de si, por todas as cidades e lugares para onde ele tinha de ir.” (Lc 10,1). Nesta passagem, na qual o Senhor envia os discípulos a cumprir o mandato missionário, é preciso que analisemos alguns pontos para compreender a riqueza que ela traz em si. Por que “outros setenta e dois discípulos“? O número é múltiplo do número doze para representar a totalidade do povo de Deus, indica, portanto, a universalidade da Missão – não foi uma missão incumbida apenas aos doze apóstolos, mas a todos os outros discípulos, portanto não é uma missão apenas de sacerdotes ou religiosos, mas de todos nós. Por que“adiante de si“? Pois eles foram como precursores, ou melhor, preparadores para a chegada de Jesus àquelas cidades, assim devemos ser nós e assumir a Missão de preparar a chegada do Reino de Deus. E um ponto muito importante: Por que “dois a dois“? Neste trecho, Jesus nos diz que a Missão não é uma tarefa pessoal, individual e sim uma tarefa conjunta, comunitária. Por que Jesus especifica isto? Primeiro, pela grande credibilidade que o testemunho tem na Missão. Segundo, pois juntos podemos encontrar em nosso irmão, imagem e semelhança de Deus, a fortaleza e a perseverança necessárias nas provações e tentações. Terceiro, pois cada um tem sua própria função, sua própria vocação, seus próprios dons que foram-lhe concedidos por Deus e estes juntos tornam a missão mais completa.

Deus Pai ao nos criar nos elegeu para ser o Seu povo, nos elegeu para a missão de dar continuidade à missão de Seu Filho. Trazemos a Missão em nós, ela faz parte da nossa natureza, da nossa essência, está embutida em nós. Jesus através da Palavra deixou claro a nós porque fazer, o que fazer e como fazer. E o Espírito Santo, que provem de ambos e está em nós, nos impulsiona, unge e capacita. Sejamos gratos e tomemos posse de tamanha graça. Através da vida de santos e beatos como Santa Teresinha do Menino Jesus, São Francisco de Assis e Madre Teresa de Calcutá, além de tantos outros, podemos perceber as diversas formas de ser missionário, seja pelo anúncio da Palavra, seja pelo testemunho de vida ou pela oração, não importa como…
Juntos sejamos missionários!

O que você faz, eu não posso fazer. O que eu faço, você não pode fazer. Mas juntos eu e você podemos fazer alguma coisa grande.” (Madre Teresa de Calcutá)

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