“A Igreja só será jovem quando o jovem for Igreja” (Bv. Papa João Paulo II). Esta frase é, antes de tudo, um convite. E nos leva a uma conclusão óbvia: uma casa só é construída se tiver tijolo suficiente para colocá-la de pé. Da mesma forma, ninguém consegue construir uma Igreja se não tiver material suficiente em mãos. E aqui não me refiro ao termo “igreja” como local (templo), mas como a nossa identidade de cristãos. Ser Igreja nada mais é do que viver em conformidade com a vontade de Deus em nossas vidas, trazendo conosco a prática habitual dos conselhos evangélicos e do amor a Deus a serviço dos irmãos. O material fundamental para que essa obra não desmorone é a oração, que é a base da construção espiritual de um cristão.

Mais do que nunca, o nosso testemunho deve ser de firmeza e alegria na fé. A nossa batalha é diária, pois uma caminhada tem inúmeros obstáculos ao longo do percurso, que podem ser pedras e/ou espinhos, mas a partir do momento em que estamos enraizados em Deus nada disso pode nos impedir de chegar até o final. Essa é a luta cujo fim é o céu e o caminho a ser trilhado é a santidade. Os obstáculos podem ser nossos pecados e perseguições externas, mas pela misericórdia do Senhor podemos conseguir atingir a nossa meta.

Sabemos que somos atingidos por todos os lados e, por vezes, parece que não vamos aguentar o combate, portanto tomemos posse desta palavra de Deus para nós: “Ora, trazemos esse tesouro em vasos de barro, para que todos reconheçam que este poder extraordinário vem de Deus e não de nós. Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos pela angústia; postos em apuros, mas não desesperançados; perseguidos, mas não desamparados; derrubados, mas não aniquilados” (II Cor 4, 7-9). Estou certo, meus irmãos, de que muitas são as perseguições, os combates que enfrentamos na vida, porém não podemos perder nossa fé no Deus do impossível, pois Aquele que venceu a morte também nos dará a força para vencermos as batalhas. Deus nos dará a vitória!

É tempo de ressurreição, pois está chegando a Páscoa, que representa o ápice da caminhada cristã. O sentido da Páscoa nos dias de hoje nos convida a uma reflexão: “O que precisa ser ressuscitado em nossas vidas? O que está velho em nós e precisa de uma reforma?”. Se queremos ressuscitar com Cristo, é necessário que nossas atitudes mudem de acordo com a nossa procura pela santidade. É lutar incessantemente contra o pecado e dar testemunho onde quer que estejamos. É muito fácil ser fiel e adorador na igreja e no grupo de oração, quando estamos reunidos com outras pessoas que têm o mesmo pensamento que nós; o difícil é ser sal e luz nas nossas casas, nos nossos trabalhos, colégios, faculdades… Aí está o grande desafio do cristão! Precisamos ter identidade, e uma identidade santa! Portanto, que este tempo pascal traga a cada um de nós a força para seguirmos em frente em nossa missão. É tempo de vida nova! Chegou a hora de darmos os frutos, pois em Cristo somos mais que vencedores!

Páscoa significa passagem. E a nossa Igreja está vivenciando um período de vida nova, com a mudança no pastoreio. O Papa Bento XVI renunciou ao cargo por amor, nos mostrando que ser cristão é reconhecer os seus limites e renunciar a si mesmo pelo bem do outro. Sua postura firme, sua coragem e autenticidade nunca serão esquecidas e o seu legado ficará para sempre registrado na história da Igreja Católica. A partir de hoje, a Igreja de Cristo será conduzida pelo Papa Francisco I! Que ele seja iluminado pelo Espírito Santo para seguir com fidelidade e intrepidez nesse pastoreio, apascentando as ovelhas de Jesus com zelo e dedicação, anunciando a Palavra de Deus até os confins da terra. Bendito o que vem em nome do Senhor! Somos tua juventude, Francisco!!!

Por isso, jovens, é tempo de intensificarmos nossas orações! Avante, exército de salvação! Vamos seguir em frente na missão de anunciar Cristo com todo o ardor do nosso coração. Faz parte do nosso carisma. “A missão nos espera e a oração nos fortalece”. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo! Para sempre seja louvado e amado!

“Cristo, conceda-nos conseguir comunicar Teu amor e anunciar Tua divindade pelo exemplo de nossa vida e de nossas obras” (São Padre Pio de Pietrelcina)