Feliz 2017, Pentecostes!!! Um tempo novo começa para nós. Ano consagrado à Maria, ano de renovar ainda mais o amor do nosso grupo pela Mãe. Não existe Pentecostes sem o Espírito Santo, assim como não existe Pentecostes sem os apóstolos e não existe Pentecostes sem Maria. Nada melhor do que celebrar o dia de sua natividade no primeiro dia do ano. E que ano abençoado!!! 100 anos das aparições em Fátima e 300 anos da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. A Igreja está em festa e estaremos celebrando o Ano Mariano aqui no Brasil. É a oportunidade perfeita para que todos aqueles que ainda possam ter resquícios de barreiras com Nossa Senhora possam quebrá-las de uma vez por todas. E para os consagrados, a alegria de renovar diariamente esse elo de amor.

O ano jubilar recorda a missão de todos nós, pois lembra o exemplo de uma mulher jovem que decidiu correr todos os riscos possíveis em meio à sociedade da época para ser mãe do Filho de Deus. Da mesma forma, como esquecer o exemplo de homem de José? Mesmo se sentindo traído, sem encontrar explicações lógicas para a gravidez de sua prometida, ele decidiu passar de acusador para “culpado”, uma vez que sua repentina fuga poderia facilmente ser considerada como covardia de um homem que abandonaria a mulher grávida sem dar qualquer assistência. E através da coragem dos dois, nasceu a Salvação.

Desafios! Ah, os desafios! Sim, eles existem. E não são poucos, pra falar a verdade. Penso que muitas vezes não somos honestos com nós mesmos em alguns aspectos. Temos a mania de apontar culpados para fracassos que são semeados por nossa própria conduta, muitos deles resultantes de pensamentos positivos, empolgantes… é aí onde mora o perigo. No anseio de querer ajudar, servir, se integrar da forma mais abrangente possível, temos a ideia de que quanto mais responsabilidades e missões vierem, melhor será para o crescimento da caminhada. E não é bem assim. Em uma maratona, dificilmente o vencedor da prova lidera nos vinte primeiros quilômetros (são 42,1km). Ele cadencia o ritmo, embora sempre permaneça nos primeiros pelotões. O motivo é que não é possível manter a mesma velocidade ao longo de todo o percurso. Se o atleta gasta todas as suas energias no início da prova, a tendência é ter uma queda brusca de performance do meio para o final. Porém, se ele tiver a perfeita dosagem ao longo do percurso, seu rendimento provavelmente vai ser linear em boa parte da prova, podendo apertar o ritmo na reta final, o famoso sprint, momento em que os favoritos se destacam e se distanciam dos demais. Na caminhada é desse jeito. Talvez no início seja um pouco difícil lidar com a ansiedade e empolgação, pois existem as amizades surgidas na crisma, um ou outro catequista coordenando algum ministério e até mesmo a própria curiosidade natural de saber como funciona cada um em particular, mas em um determinado momento, o equilíbrio acaba sendo crucial para a perseverança dos membros.

“Se o Senhor peneirar, eu quero passar pro lado de lá”. É, amigos!!! Chegou a hora da peneira. Já tomamos papinha, já engatinhamos, já crescemos e tivemos nossas primeiras quedas, nos ralamos, levantamos, cicatrizamos as feridas, encaramos a adolescência e hoje já somos verdadeiros cidadãos, com nossos 16 anos (bem vividos, por sinal). Um grupo que surpreende diversos movimentos dentro da nossa Igreja, inclusive comunidades consolidadas. Levar mais de 150 jovens a um grupo de oração por semana? Isso é pra Shalom, é pra Canção Nova… não, isso é o Grupo Pentecostes! Por isso, estejamos abertos ao novo. Já passou da hora de brincar de ser de Deus. Chega de usar máscaras dentro do grupo. É momento de ter uma identidade santa. Não podemos mais admitir reino dividido. Eu confesso que ficaria muito triste se, em uma determinada ocasião, alguém do grupo chegasse para me dizer o seguinte: “O Pentecostes precisou de você e hoje sabe que não pode contar”, mas o que me feriria mais seria saber que Deus quis precisar de mim e eu virei as costas. Dá um frio na espinha, né? Eu sei como é! A maturidade na fé nos dá a clara percepção de que não caminhamos apenas com as nossas expectativas. O mundo espera de nós. A camisa azul não é apenas um modelo padronizado pra todo mundo sair bonitinho na foto. Ela simboliza um compromisso, uma responsabilidade, uma forma de vida. Vestir a camisa da “família Pents” é vestir o desejo de ser santo, de ser missionário, de parar com “mimimi” e “não-me-toque” quando for contrariado ou receber alguma exortação. Ser Pentecostes é amar a Igreja e saber que a missa é prioridade em relação a qualquer evento; é bater no peito e mostrar que não precisamos nem queremos nos adequar aos modismos do mundo; é ser fiel, mesmo que os seus amigos não sejam; é amar, mesmo diante dos espinhos que ferem. Ser Pentecostes é ser cristão.

Para abraçar tudo o que Deus nos confia, o grupo vai mudar. A estrutura, que será abordada ao longo deste mês, visa agregar todas as pessoas que querem fazer acontecer dentro do carisma azul, mas que têm necessidades diversas em relação à personalidade. Alguns amam o louvor, outros gostam mais de formação; alguns gostam de doutrina, outros preferem oração e espiritualidade. O importante é que VOCÊ esteja conosco! Estamos juntos e a sua presença será fundamental para a edificação dos planos do Senhor no Pentecostes. Lembremos agora dos personagens do segundo parágrafo. Pergunte a si mesmo: “E se eles tivessem desistido?”. Agora compare a realidade deles com a sua e se pergunte: “Quem sou eu pra desistir, Senhor?”. Força e coragem!

A oração nos fortalece e a missão nos espera!!!

Hyder Oliveira

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